Efeitos da fisioterapia precoce em pacientes internados em UTI: prevenção de complicações e otimização da alta hospitalar: Uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.62827/fb.v26i6.1122Palavras-chave:
Unidade de Terapia Intensiva; Técnicas de Fisioterapia; Serviços de Fisioterapia.Resumo
Introdução: A fisioterapia precoce em pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) tem se mostrado fundamental na prevenção de complicações e na otimização dos desfechos clínicos e funcionais. A imobilidade prolongada e o uso de ventilação mecânica estão entre os principais fatores que contribuem para a fraqueza adquirida na UTI e o aumento do tempo de internação, exigindo uma abordagem interdisciplinar entre fisioterapeutas, médicos e demais profissionais da equipe multiprofissional. Objetivo: Analisou-se os efeitos da fisioterapia precoce em pacientes críticos internados em UTI, com foco na prevenção de complicações e na otimização da alta hospitalar, destacando a relevância da atuação interdisciplinar no cuidado intensivo e na reabilitação funcional. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica descritiva e analítica, baseada em publicações nacionais e internacionais obtidas nas bases Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), PubMed e Scopus. Foram incluídos 11 estudos publicados entre 2015 e 2024, selecionados pela relevância no campo da fisioterapia precoce, reabilitação intensiva e recuperação funcional em pacientes críticos. Resultados: As evidências indicam que a fisioterapia iniciada nas primeiras 48 horas de internação reduz o tempo de ventilação mecânica, previne a perda de força muscular, diminui complicações respiratórias e musculoesqueléticas e contribui para a redução da permanência hospitalar. Intervenções integradas que combinam mobilização progressiva, exercícios respiratórios e monitoramento médico constante mostraram-se seguras e eficazes. Além disso, o envolvimento multiprofissional e a continuidade do cuidado após a alta hospitalar foram determinantes para manter os ganhos funcionais e prevenir recidivas. Conclusão: A fisioterapia precoce, integrada à equipe médica e multiprofissional, é essencial no manejo do paciente crítico, promovendo recuperação funcional, redução de complicações e otimização da alta hospitalar. Protocolos individualizados e baseados em evidências fortalecem o modelo de cuidado interdisciplinar, consolidando a fisioterapia como elemento central na reabilitação intensiva e na melhoria da qualidade de vida pós-UTI.
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