Tratamento manipulativo osteopático musculoesquelético associado com fisioterapia pélvica, em mulheres com incontinência urinária de urgência e incontinência urinária mista
DOI:
https://doi.org/10.62827/fb.v26i6.1112Palabras clave:
Osteopatia; Incontinência Urinária; Saúde da Mulher.Resumen
Introdução: A incontinência urinária é definida pela Sociedade Internacional de Continência como qualquer perda involuntária de urina, sendo uma condição prevalente em mulheres e associada a impactos físicos, psicológicos e sociais significativos. Objetivo: Avaliou-se a eficácia da associação entre o Tratamento Manipulativo Osteopático e a fisioterapia pélvica na melhora dos sintomas de incontinência urinária de urgência e incontinência urinária mista em mulheres adultas. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico prospectivo, controlado e randomizado, realizado com 19 participantes atendidas no Núcleo de Disfunção Miccional da Policlínica Piquet Carneiro (NDM/PPC/UERJ). As participantes foram divididas aleatoriamente em dois grupos: o grupo FISIO, submetido apenas à fisioterapia pélvica, e o grupo TMO, submetido à fisioterapia pélvica associada ao tratamento manipulativo osteopático musculoesquelético. O estudo teve duração de 12 semanas, com avaliações no início, após seis e doze semanas. Foram utilizados como instrumentos Diário Miccional, os questionários ICIQ-SF, ICIQ-OAB, WHOQOL-bref e a escala funcional NEW PERFECT para avaliação do assoalho pélvico. Resultados: Os resultados mostraram que o grupo TMO apresentou redução significativa da perda urinária já na sexta semana, além de melhora dos sintomas de urgência urinária. Ambos os grupos demonstraram aumento da força e da resistência muscular do assoalho pélvico, com resistência mais acentuada no grupo FISIO. O grupo TMO apresentou melhora significativa da qualidade de vida no questionário WHOQOL-bref, evidenciando impacto positivo mais abrangente do tratamento combinado. Conclusão: A associação entre TMO e fisioterapia pélvica é eficaz, promovendo melhora funcional e da qualidade de vida, sugerindo potencial para protocolos terapêuticos integrados.
Referencias
Abrams P, Artibani W, Cardozo L, Dmochowski R, van Kerrebroeck P, Sand P. International Continence Society. Reviewing the ICS 2002 terminology report: the ongoing debate. Neurourol Urodyn. 2009; 28(4):287. doi:10.1002/nau.20737
Mannella P, Palla G, Bellini M, Simoncini T. The female pelvic floor through midlife and aging. Maturitas. 2013; 76(3):230-234. doi:10.1016/j.maturitas.2013.08.008
Chaitow L. Chronic pelvic pain: pelvic floor problems, sacro-iliac dysfunction and the trigger point connection. J Bodyw Mov Ther. 2007;11(4):327-339. doi:10.1016/j.jbmt.2007.05.002
Neumann P, Gill V. Pelvic floor and abdominal muscle interaction: EMG activity and intra-abdominal pressure. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct. 2002;13(2):125-132. doi:10.1007/s001920200027
Arab AM, Chehrehrazi M. Ultrasound measurement of abdominal muscles activity during abdominal hollowing and bracing in women with and without stress urinary incontinence. Man Ther. 2011;16(6):596-601. doi:10.1016/j.math.2011.03.009
Capson AC, Nashed J, McLean L. The role of lumbopelvic posture in pelvic floor muscle activation in continent women. J Electromyogr Kinesiol. 2011;21(1):166-177. doi:10.1016/j.jelekin.2010.07.017
Hodges PW, Sapsford RR, Pengel LHM. Postural and respiratory functions of the pelvic floor muscles. Neurourol Urodyn. 2007;26(3):362-371. doi:10.1002/nau.20232
Junginger B, Baessler K, Sapsford R, Hodges PW. Effect of abdominal and pelvic floor tasks on muscle activity, abdominal pressure and bladder neck. Int Urogynecol J. 2010;21(1):69-77. doi:10.1007/s00192-009-0981-z
Eliasson K, Elfving B, Nordgren B, Mattsson E. Urinary incontinence in women with low back pain. Man Ther. 2008;13(3):206-212. doi:10.1016/j.math.2006.12.006
Richardson CA. Therapeutic exercise for lumbopelvic stabilization: a motor control approach for the treatment and prevention of low back pain. 2nd ed. Churchill Livingstone; 1999. [Book (no DOI)]
Gavira Pavón A, Walker Chao C, Rodríguez Rodríguez N, Gavira Iglesias FJ. Prevalence and risk factors of urinary incontinence in women who visit the doctor with low back pain: multicentre study. Aten Primaria. 2014;46(2):100-108. doi:10.1016/j.aprim.2013.07.004
Ponzoni LC, Valentin EK, Carrerette FB, Damião R. Tratamento manipulativo osteopático musculoesquelético em mulheres com incontinência urinária não complicada. Fisioterapia Brasil. 2019;20(2):230-238. Doi:10.33233/fb.v20i2.2397
Avery K, Donovan J, Peters TJ, Shaw C, Gotoh M, Abrams P. ICIQ: a brief and robust measure for evaluating the symptoms and impact of urinary incontinence. Neurourol Urodyn. 2004;23(4):322-330. doi:10.1002/nau.20041
Pereira SB, Thiel Rdo R, Riccetto C, Bandeira C, Herrmann V, Palma PCR. Validation of the International Consultation on Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ-OAB) for Portuguese. Rev Bras Ginecol Obstet. 2010;32(6):273-278. doi:10.1590/S0100-72032010000600004
Fleck MPA, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L, Pinzon V. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida WHOQOL-bref. Rev Saude Publica. 2000;34(2):178-183. doi:10.1590/S0034-89102000000200012
Haslam J, Laycock J. Therapeutic management of incontinence and pelvic pain. 2nd ed. London: Springer; 2008. [Book (no DOI)]
Laycock J, Jerwood D. Pelvic floor muscle assessment: the PERFECT scheme. Physiotherapy. 2001;87(12):631-642. doi:10.1016/S0031-9406(05)61108-X
Póvoa LC, Vanuzzi FK, Ferreira APA, Ferreira AS. Intervenção osteopática em idosos e o impacto na qualidade de vida. Fisioter Mov. 2011;24(3):429-436. [DOI not found]
Figueiredo VF, Figueiredo EM, Freitas Junior IF, Ribeiro LH, Pereira LC, dos Santos CR. Associations between low back pain, urinary incontinence, and abdominal muscle recruitment as assessed via ultrasonography in the elderly. Braz J Phys Ther. 2015;19(1):70-76. doi:10.1590/bjpt-rbf.2014.0073
Giordani G, Lazzari M, Mazzoni G, Pironi C, Gori R, Catalfamo L, et al. Manual physiotherapy combined with pelvic floor training in women suffering from stress urinary incontinence and chronic nonspecific low back pain: a preliminary study. Healthcare (Basel). 2022;10(10):2031. doi:10.3390/healthcare10102031
Origo D, Dal Farra F, Tramontano M. The presence of abnormal palpatory findings in the sacrococcygeal area is correlated with chronic pelvic pain: a cross-sectional study. Int Urol Nephrol. 2025;57(11):3521-3531. doi:10.1007/s11255-025-04521-2
Dal Farra F, Risio R, Vismara L, Bergna A. Effectiveness of osteopathic interventions in chronic non-specific low back pain: a systematic review and meta-analysis. Complement Ther Med. 2024;56:103245. doi:10.1016/j.ctim.2024.103245
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Lilian de Castro Ponzoni , Ronaldo Damião, Fabricio Borges Carrerette , Ericka Kirsthine Valentin , Ricardo José de Souza (Autor)

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.