Lesões musculares em corredores de longa distância: Uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.62827/fb.v26i5.1106Palavras-chave:
Corrida; Traumatismos em Atletas; Ortopedia; Medicina Esportiva.Resumo
Introdução: As lesões musculares em corredores de longa distância configuram uma das principais causas de afastamento esportivo, influenciando o desempenho, a qualidade de vida e a longevidade na prática da corrida. Fatores intrínsecos (biomecânicos e musculoesqueléticos) e extrínsecos (sobrecarga de treino, calçados e superfície) estão diretamente relacionados à ocorrência desses eventos. Objetivo: Realizou-se uma revisão bibliográfica para identificar a prevalência, os principais fatores de risco e as estratégias preventivas relacionadas às lesões musculares em corredores de longa distância, enfatizando impactos sobre o rendimento esportivo e a saúde musculoesquelética. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica, de caráter descritivo e analítico, fundamentada em publicações nacionais e internacionais disponíveis nas bases Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), United States National Library of Medicine (PubMed) e Scopus. Foram incluídos artigos publicados entre 2018 e 2024, totalizando 15 estudos. Resultados: A literatura demonstrou que a prevalência de lesões em corredores de longa distância varia entre 20% e 70%, sendo mais comuns em membros inferiores, especialmente em quadríceps, isquiotibiais e panturrilhas. Os principais fatores de risco identificados incluem sobrecarga de treino, ausência de periodização, desequilíbrios musculares e inadequação do calçado. Estudos apontaram ainda que programas de treinamento de força reduzem significativamente o risco de lesões e que estratégias preventivas, como monitoramento da carga de treino, escolha adequada de superfície e educação em saúde, apresentam impacto positivo na redução da morbidade. As evidências reforçam que a ocorrência das lesões musculares em corredores de longa distância resulta de uma interação multifatorial, exigindo intervenções integradas que combinem prevenção, diagnóstico precoce e reabilitação adequada. A implementação de programas de treinamento individualizados, aliados a condutas educativas e a uma adequada gestão da carga de treino, mostrou-se fundamental para reduzir a incidência de lesões. Ainda que as técnicas de reabilitação apresentem avanços, a prevenção permanece como a estratégia mais eficaz para manter a continuidade esportiva e a performance de longo prazo. Conclusão: O estudo demonstrou que as lesões musculares em corredores de longa distância apresentam elevada prevalência e decorrem de fatores intrínsecos e extrínsecos que exigem abordagem multifatorial. Medidas preventivas, com destaque para o fortalecimento muscular e o controle da carga de treino, mostraram-se essenciais para reduzir a morbidade e otimizar o desempenho, cumprindo assim o objetivo do trabalho.
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