Incidência da transmissão vertical da Hepatite B materno-fetal no município de Cacoal-RO
DOI:
https://doi.org/10.62827/eb.v24i5.4098Palavras-chave:
Hepatite B; Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas; Saúde Materno-Infantil.Resumo
Introdução: A hepatite B é uma infecção viral de grande relevância em saúde pública, podendo evoluir para formas crônicas e causar complicações graves, como cirrose e carcinoma hepatocelular. Entre suas formas de transmissão, a via vertical (materno-fetal) apresenta alto risco, pois recém-nascidos expostos têm até 90% de chance de desenvolver a forma crônica. A prevenção está diretamente relacionada à realização de pré-natal adequado, diagnóstico precoce, vacinação e administração da imunoglobulina nas primeiras horas de vida. Objetivo: Descreveu-se a incidência da transmissão vertical da hepatite B no município de Cacoal-RO e avaliar a eficácia das estratégias de prevenção adotadas durante o pré-natal e o período neonatal. Métodos: Estudo descritivo, documental e quantitativo, desenvolvido por meio da análise de prontuários de gestantes com sorologia positiva para HBsAg e de seus filhos expostos, acompanhados no Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de Cacoal-RO, entre 2021 e 2025. A amostra contou com sete gestantes que possui a doença e os dados foram coletados com checklists e analisados por estatística descritiva. Resultados: Predominaram gestantes entre 36 e 38 anos (57,14%), todas com pré-natal e vacinação atualizados. Foram analisados treze prontuários de crianças expostas, com maior concentração entre 9 e 14 anos (46,16%), evidenciando acompanhamento prolongado. Não houve casos de transmissão vertical, comprovando a eficácia das medidas preventivas, como imunização materna, uso de imunoglobulina e seguimento ambulatorial. Conclusão: Os achados reforçam a qualidade da assistência pré-natal e neonatal, contribuindo para o fortalecimento das ações preventivas e para a formulação de políticas públicas voltadas à saúde materno-infantil.
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