Assistência de enfermagem no controle de infecções orais em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI): Uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.62827/eb.v24i5.4095Palavras-chave:
Higiene; Clorexidina; Escovação Dentária; Placa Dentária.Resumo
Introdução: A higienização oral é um fator essencial na prevenção e manutenção da saúde, atuando na redução da proliferação de microrganismos e na prevenção de doenças decorrentes da insuficiência de cuidados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Objetivo: Descreveu-se os principais cuidados orais prestados nas UTIs e destacou-se as comorbidades decorrentes da falha dessa assistência. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, de abordagem qualitativa, que selecionou 12 artigos publicados entre 2013 e 2023 nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), dos quais cinco foram escolhidos por atenderem plenamente aos critérios de inclusão. Resultados: Viu-se que em alguns serviços, a higienização oral é realizada apenas uma vez a cada 24 horas por paciente, sendo a escovação recomendada como principal meio de controle da formação de placa bacteriana e biofilme. Verificou-se também que o uso de gluconato de clorexidina e extrato etanólico de própolis apresenta resultados eficazes na redução do fluxo salivar e prevenção do ressecamento labial. Destaca-se a necessidade de profissionais qualificados e capacitados, comprometidos com a atualização constante e a aplicação de protocolos institucionais que garantam uma assistência segura e de qualidade. Conclusão: A deficiência na higienização oral pode agravar o estado clínico dos pacientes, prolongar a internação e favorecer o surgimento de complicações, reforçando a importância de práticas sistematizadas e de uma equipe de enfermagem preparada para garantir um cuidado eficaz em ambiente intensivo.
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