Geronto Bras. 2025;1(1):70-84
doi: 10.62827/gb.v1i1.0007

ARTIGO ORIGINAL

Risco de disfagia, sarcopenia e qualidade de vida em mulheres idosas

Vera Regina Cerceau1, Hudson Azevedo Pinheiro1, Marina Cerceau Silva1, Marina Morato Stival2

1Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso (ESP/FEPECS/SESDF), Brasília, DF, Brasil

2Universidade de Brasília (UNB), Brasília, DF, Brasil

Recebido em: 23 de Maio de 2025; Aceito em: 28 de Maio de 2025.

Correspondência: Vera Regina Cerceau, vrcerceau@gmail.com

Como citar

Cerceau VR, Pinheiro HA, Silva MC, Stival MM. Risco de disfagia, sarcopenia e qualidade de vida em mulheres idosas. Geronto Bras. 2025;1(1):70-84. doi:10.62827/gb.v1i1.0007

Resumo

Introdução: Com o envelhecimento populacional podem ocorrer alterações no estado geral do indivíduo, dentre estas alterações estão a sarcopenia, a disfagia e desnutrição. Entre as mulheres idosas isso pode ocorrer de forma mais acentuada devido as alterações hormonais pós-menopausa. Estas alterações podem comprometer a Qualidade de vida da faixa etária de 60 anos ou mais. Objetivo: A sarcopenia pode ocorrer no envelhecimento humano e, quando associada a condições como a disfagia, pode ter impacto negativo na qualidade de vida. Avaliou-se a associação da sarcopenia e da disfagia com a Qualidade de Vida de mulheres idosas. Métodos: Estudo transversal realizado com 258 mulheres idosas atendidas no ambulatório de geriatria do SUS. Foram avaliadas características clínicas, risco de disfagia pelo Eating Assessment Tool( EAT-10), sarcopenia e qualidade de vida pelo EuroQol five-dimensional questionnaire (EQ-5D). A regressão linear foi utilizada para determinar o modelo de predição de Qualidade de Vida. Resultados: A mediana de idade das mulheres foi de 73 anos, sedentárias, edêntulas, com Incontinência urinária e polifarmácia.Verificou-se que os piores escores de Qualidade de Vida (QV) estavam presentes nas mulheres idosas com sarcopenia, risco de disfagia osteoporose) e incontinência urinária.Foi observada alta prevalência de edentulismo e incontinência urinária.Não houve interferencia na qualidade de vida das idosas investigadas, mas houve impacto nas que apresentaram incontinencia urinaria e risco de disfagia. Conclusão: Mulheres idosas com risco de disfagia e incontinência urinária apresentaram piores escores de Qualidade de Vida, principalmente nas dimensões Dor/desconforto e Mobilidade. Não se observou associação entre sarcopenia e QV.

Palavras-chave: Idosos; Transtornos da Deglutição; Sarcopenia; Incontinência Urinária; Qualidade de Vida.

Abstract

Risk of dysphagia, sarcopenia and quality of life in elderly women

Introduction: With population aging, changes in the general state of the individual may occur, among these changes are sarcopenia, dysphagia and malnutrition. Among elderly women this may occur more pronouncedly due to post-menopausal hormonal changes. These changes may compromise the Quality of Life of the age group of 60 years or older. Objective: Sarcopenia can occur in human aging and, when associated with conditions such as dysphagia, can have a negative impact on quality of life. The objective was to evaluate the association of sarcopenia and dysphagia with the Quality of Life of elderly women. Methods: Cross-sectional study carried out with 258 elderly women treated at the geriatric outpatient clinic of the SUS. Clinical characteristics, risk of dysphagia by the Eating Assessment Tool (EAT-10), sarcopenia and quality of life by the EuroQol five-dimensional questionnaire (EQ-5D) were evaluated. Linear regression was used to determine the prediction model for Quality of Life. Results: The median age of the women was 73 years, sedentary, edentulous, with urinary incontinence and polypharmacy. It was found that the worst Quality of Life (QoL) scores were present in elderly women with sarcopenia, risk of dysphagia (osteoporosis) and urinary incontinence. A high prevalence of edentulism and urinary incontinence was observed. There was no interference in the quality of life of the elderly women investigated, but there was an impact on those who presented urinary incontinence and risk of dysphagia. Conclusion: Elderly women with risk of dysphagia and urinary incontinence had worse Quality of Life scores, mainly in the dimensions Pain/discomfort and Mobility. No association was observed between sarcopenia and QoL.

Keywords: Aged; Deglutition Disorders; Sarcopenia; Urinary Incontinence; Quality of Life.

Resumen

Riesgo de disfagia, sarcopenia y calidad de vida en mujeres mayores

Introducción: Con el envejecimiento poblacional pueden presentarse cambios en el estado general del individuo, entre estos cambios se encuentran la sarcopenia, la disfagia y la desnutrición. Entre las mujeres mayores, esto puede ocurrir de manera más pronunciada debido a los cambios hormonales posmenopáusicos. Estos cambios pueden comprometer la calidad de vida de las personas de 60 años o más. Objetivo: La sarcopenia puede ocurrir durante el envejecimiento humano y, cuando se asocia con afecciones como la disfagia, puede tener un impacto negativo en la calidad de vida. El objetivo fue evaluar la asociación de la sarcopenia y la disfagia con la Calidad de Vida de mujeres mayores. Métodos: Estudio transversal realizado con 258 mujeres mayores atendidas en el ambulatorio geriátrico del SUS. Se evaluaron las características clínicas, el riesgo de disfagia mediante el Eating Assessment Tool (EAT-10), la sarcopenia y la calidad de vida mediante el cuestionario de cinco dimensiones EuroQol (EQ-5D). Se utilizó regresión lineal para determinar el modelo de predicción de calidad de vida. Resultados: La mediana de edad de las mujeres fue de 73 años, sedentarias, edéntulas, con incontinencia urinaria y polifarmacia. Se encontró que los peores puntajes de Calidad de Vida (CV) estaban presentes en mujeres mayores con sarcopenia, riesgo de disfagia (osteoporosis) e incontinencia urinaria. Se observó una alta prevalencia de edentulismo e incontinencia urinaria. No hubo interferencia en la calidad de vida de las ancianas investigadas, pero sí impacto en aquellas que presentaron incontinencia urinaria y riesgo de disfagia. Conclusión: Las mujeres mayores con riesgo de disfagia e incontinencia urinaria presentaron peores puntuaciones de Calidad de Vida, especialmente en las dimensiones Dolor/malestar y Movilidad. No se observó asociación entre la sarcopenia y la calidad de vida.

Palabras-clave: Anciano; Trastornos de Deglución; Sarcopenia; Incontinencia Urinaria; Calidad de Vida.

Introdução

O envelhecimento populacional impõe especificidades aos sistemas de saúde e à comunidade científica, que buscam compreender e monitorar o perfil epidemiológico das populações idosas em todo o mundo, bem como responder às necessidades e demandas que abarcam o entendimento sobre qualidade de vida (QV). Para tal, utilizam-se de parâmetros que se interpelam, de maneira positiva e/ou negativa na QV, a fim de minorar os desafios biopsicossociais e aprimorar os aspectos, fisiológicos e intrínsecos, das habilidades físicas, mentais e funcionais da pessoa idosa, considerando o ambiente em que vive [1,2,3].

Entre os desafios relacionados ao âmbito orgânico, em especial aos aspectos intrínsecos e fisiológicos do envelhecimento, a sarcopenia refere-se ao declínio progressivo e generalizado do sistema musculoesquelético, sendo caracterizada pela diminuição obrigatória da massa muscular, associada à diminuição da força muscular e/ou do desempenho físico. Tal doença merece destaque, pois não há diretrizes clínicas para o seu controle e a gestão do seu custo tornou-se particularmente importante, tendo em vista o aumento significativo de casos, sendo necessário intervenções que visem a manutenção e melhora da QV, acarretando enormes custos pessoais e à sociedade [4,5].

Sabe-se que, no Brasil, a prevalência de sarcopenia pode variar de 4,8% a 62,0%, sendo os fatores que interferem nesse extenso intervalo a metodologia de avaliação utilizada, as características da população investigada e a definição utilizada em diferentes estudos, [5]. Paralelamente, é uma doença que apresenta prevalência em mulheres maior que em homens, 16,1% em comparação à 14,4% em homens, conforme apontam estudos em países como Brasil, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Taiwan e Reino Unido [5]. Geralmente está relacionada a doenças crônicas não transmissíveis, déficit cognitivo, idade avançada, desnutrição/déficit nutricional, sedentarismo, tabagismo, polifarmácia, pessoas idosas acamadas e institucionalizadas [6,7].

Na relação com outras condições médicas, o relatório divulgado pela Sociedade Japonesa de Reabilitação da Disfagia evidenciou a correlação entre sarcopenia e disfagia, um distúrbio de deglutição, por meio de dois padrões distintos e cíclicos: sarcopenia/desnutrição de corpo inteiro seguida por disfagia e disfagia seguida por desnutrição/sarcopenia de corpo inteiro [8,9].Salienta-se que a disfagia é uma condição que pode ter sua prevalência variando entre 10% e 60% em pessoas idosas, havendo um aumento médio de 3% a cada ano de vida [10,11,12,13].

Quando associadas, essas alterações podem impactar negativamente na QV de pessoas idosas, especialmente de mulheres. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a QV é a percepção do indivíduo acerca de sua posição no contexto sociocultural em que vivem, em relação aos seus objetivos, expectativas e preocupações. Dessa maneira, a QV se associa diretamente à capacidade individual de desempenhar papéis sociais, bem-estar psicológico, adaptação e funcionamento dentro de grupos sociais [14].

Os resultados do presente estudo podem possibilitar arcabouço teórico e evidências empíricas para o desenvolvimento científico da presente temática, com enfoque na QV, além de colocar em pauta a carência na literatura acerca dos domínios afetados pela sarcopenia [15]. Nesse contexto, considerando o envelhecimento populacional, com perspectivas de aumento da expectativa de vida, e que a sarcopenia pode interferir na QV de pessoas idosas, sendo a disfagia uma condição associada à doença em questão, a presente pesquisa objetivou avaliar a associação da sarcopenia e disfagia com a QV de mulheres idosas.

O objetivo deste estudo foi avaliar a associação da sarcopenia e disfagia com a QV de mulheres idosas.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa realizado com mulheres idosas de um centro de referência em Geriatria e Gerontologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Ceilândia da Universidade de Brasília com CAEE 45969821.9.0000.8093. Todas receberam informações sobre a pesquisa, segundo a Resolução nº. 466/2012 e nº. 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Procedimentos para coleta de dados

A amostragem foi por conveniência e utilizou-se os seguintes critérios de inclusão: sexo feminino e idade maior ou igual a 60 anos; acompanhadas na unidade; e concluir todas as avaliações propostas na pesquisa. Adotou-se os seguintes critérios de exclusão (por acreditar que estes pacientes, devido a sua condição clínica, apresentarem maior risco de desnutrição, disfagia e sarcopenia): pacientes que apresentavam demência grave, sequelas de AVC e doença de Parkinson; aquelas que possuíam membros amputados, marcapasso, estavam acamadas e se alimentando por vias alternativas. Assim, participaram da pesquisa 258 mulheres idosas atendidas no período de setembro de 2021 a fevereiro de 2022. As avaliações foram realizadas em ambiente privativo do ambulatório.

Inicialmente, após a concordância em participar da pesquisa e após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e esclarecido (TCLE), realizou-se uma entrevista estruturada e investigou-se as seguintes variáveis: medicações de uso contínuo, morbidades, edentulismo, incontinência e sedentarismo que foram autorreferidos e confirmadas nos prontuários digitais da Secretaria do Estado de Saúde (SES/DF).

Em seguida, para avaliação da cognição utilizou-se o Miniexame do Estado Mental (MEEM), instrumento com itens dicotômicos que possibilita escore total de 30 pontos e adotou-se escores de corte para déficit cognitivo: analfabetos < 21; 1 a 5 anos de escolaridade < 24; 6 a 11 anos de escolaridade < 26; 12 anos ou mais de escolaridade < 27 [16]. Mulheres idosas que apresentassem comprometimento cognitivo grave e que impossibilitasse a realização dos testes seriam excluídas da pesquisa.

Utilizou-se os critérios da EWGSOP2 para determinar se a paciente apresentava o fenótipo da sarcopenia [4].

Fonte: os autores.

Figura 1 - Algorítmo de identificação de mulheres idosas com sarcopenia segundo o European Working Group of Sarcopenia in Older People revised (EWGSOP2)

O teste de preensão palmar determinou a força muscular, por meio de dinamômetro hidráulico SAEHAN®, sendo avaliada na mão dominante em um total de três tentativas, sendo considerado ponto de corte média inferior a 16Kg/F [17]. Segundo o Consenso Europeu de Sarcopenia Revisado (EWGSOP2), a baixa força de preensão é um poderoso preditor de maus resultados do paciente, como internações hospitalares mais longas, aumento das limitações funcionais, má qualidade de vida com piora da saúde e até mesmo a morte [4].

As mulheres idosas que não usavam marcapasso, foram orientadas quanto ao protocolo para a realização da bioimpedância: permanecer em jejum, não terem feito exercício físico nas últimas 24 horas, estar com roupas leves, retirar todos os objetos de metal do corpo, suspender o uso do diurético esvaziar a bexiga antes do exame. Realizou-se avaliação da composição corporal a partir de bioimpedância (BIA) pelo aparelho tetrapolar In Body® modelo 270, e determinou-se a Massa Muscular Esquelética Apendicular (MMEA) pela soma da massa muscular dos membros superiores e inferiores [18].

Na avaliação da velocidade de marcha (que determina a gravidade da sarcopenia) a participante foi orientada a caminhar uma distância de cinco metros, de maneira habitual, em superfície plana, sinalizada por duas marcas distantes três metros uma da outra, para reduzir efeitos de aceleração e desaceleração cujo ponto de corte foi uma velocidade de marcha <0,8 m/s [4].

A identificação do risco de disfagia foi realizada por meio do EAT-10, instrumento de autoavaliação, composto por 10 itens abarcando os domínios funcional (3 questões), emocional (3 questões) e físico (4 questões). As proposições de tal instrumento utiliza de sinais e sintomas e/ou queixas da paciente, sendo escore total de três ou mais pontos como indicativo de risco de disfagia [19].

Paralelamente, fez-se uso do questionário de Mini Avaliação Nutricional (MAN) para identificar risco de desnutrição, sendo necessário mensurar peso, altura, circunferências do braço e da panturrilha. Mulheres idosas com pontuação total entre 17 e 23,5 foram classificadas com “risco de desnutrição” e aquelas com pontuação total abaixo de 17 com “desnutrição” [20].

Por fim, para a avaliação da QV utilizou-se o EuroQol five-dimensional questionnaire (EQ-5D), instrumento genérico que engloba cinco dimensões de saúde: Mobilidade, Cuidados pessoas, Atividades habituais, Dor/desconforto e Ansiedade/depressão. O EQ5D envolve três níveis de respostas, gerando um código de cinco dígitos que deve ser verificado na tabela de valoração da QALY-Brasil (Quality Adjusted Life Years), em que há a variância de 0 a 1, sendo 0 indicativo de pior QV possível e 1 indicativo de excelente QV [21].

A análise estatística foi realizada no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 25.0. A distribuição da normalidade das variáveis foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. As análises descritivas objetivaram apresentação das variáveis em mediana e intervalo interquartil (P25 e P75) para casos não paramétricos e frequências absolutas ou relativas para casos categóricos.

Para a comparação de medianas de dois grupos de variáveis não paramétricas, utilizou-se o teste U de Mann-Whitney, já para a verificação das diferenças na proporção dos grupos, segundo as categorias das variáveis independentes, recorreu-se ao teste do Qui-quadrado. Para apuração das possíveis correlações entre as variáveis, fez-se uso do teste de correlação de Spearman (s) e p < 0,05 o nível de significância considerado.

Por último, realizou-se análise de regressão linear múltipla considerando os seguintes pré-requisitos: número mínimo de 20 sujeitos por variável independente, resíduos normalmente distribuídos, ausência de outliers, ausência de multicolinearidade, relação linear entre as variáveis independentes com a variável dependente e presença de homocedasticidade. Optou-se pelo método Stepwise Backward para propor um modelo preditivo de QV em mulheres idosas. No modelo final de predição apresentou-se os coeficientes não padronizados (CNP), coeficiente de regressão (β), teste t e o p-valor, que identifica a contribuição de cada variável na predição do modelo. Considerou-se p < 0,05 como significância.

Resultados

A tabela 1 apresenta as características sociodemográficas e clínicas da amostra.

Tabela 1 – Valores medianos dos escore de qualidade de vida do EQ-5D, de acordo com variáveis demográficas e clínicas das idosas. Brasília, 2025

n

Total

Escore EQ-5D

%

Mediana

P25

P75

Valor p

Idade

60 a 69 anos

85

32,9

0,690

0,590

0,780

0,648

70 a 79 anos

99

38,4

0,730

0,610

0,780

≥ 80 anos

74

28,7

0,695

0,610

0,750

Escolaridade

analfabeto

44

17,1

0,690

0,610

0,780

0,755

ensino fundamental

137

53,1

0,730

0,610

0,780

ensino médio

55

21,3

0,705

0,610

0,780

ensino superior

22

8,5

0,730

0,610

0,800

Sedentarismo

não

104

40,3

0,730

0,610

0,780

0,411

sim

154

59,7

0,685

0,600

0,780

Estado mental

normal

244

94,6

0,710

0,610

0,780

0,973

déficit cognitivo

14

5,4

0,695

0,610

0,730

Sarcopenia

não

206

79,8

0,730

0,630

0,800

0,038

sim

52

20,2

0,690

0,610

0,780

Estado nutricional

desnutrido

63

24,4

0,700

0,610

0,730

0,667

eutrófico

195

75,6

0,730

0,610

0,780

Obstipação

não

185

71,7

0,730

0,610

0,780

0,374

sim

73

28,3

0,690

0,610

0,780

Edentulismo

não

49

19,0

0,730

0,610

0,780

0,430

sim

209

81,0

0,690

0,590

0,730

Risco de disfagia

não

152

58,9

0,690

0,640

0,780

0,042

sim

106

41,1

0,640

0,570

0,730

Polifarmácia

não

87

33,7

0,730

0,610

0,780

0,808

sim

171

66,3

0,730

0,610

0,780

DM

não

147

57,0

0,730

0,610

0,780

0,268

sim

111

43,0

0,690

0,610

0,730

HAS

não

48

18,6

0,730

0,610

0,790

0,403

sim

210

81,4

0,695

0,610

0,780

Osteoporose

não

156

60,5

0,730

0,610

0,800

0,024

sim

102

39,5

0,690

0,610

0,730

Cardiopatia

não

217

84,1

0,720

0,610

0,780

0,880

sim

41

15,9

0,690

0,610

0,780

IU

não

128

49,6

0,680

0,680

0,730

0,002

sim

130

50,4

0,630

0,580

0,730

Legenda: DM: diabetes mellitus; HAS: hipertensão arterial sistêmica; IU: incontinência urinária.

Fonte: os autores.

Nas figuras 2 e 3 observou-se que aquelas mulheres idosas com sarcopenia e risco de disfagia apresentaram piores escores de QV.

Gráfico, Gráfico de caixa estreita

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Fonte: os autores.

Figura 2 - Valores medianos dos escore de qualidade de vida do EQ-5D de acordo com a Sarcopenia. Brasília, 2025

Fonte: os autores.

Figura 3 - Valores medianos dos escore de qualidade de vida do EQ-5D de acordo com o Risco de Disfagia. Brasília, 2025

Quanto a avaliação das dimensões de QV, a Dor/desconforto foi a mais afetada (73,3%), seguida da Ansiedade/depressão (72,9%). A dimensão Dor/desconforto foi associada ao risco de disfagia (p<0,001), assim como a dimensão Mobilidade associou-se à incontinência urinária (Tabela 2).

Tabela 2 – Associação das dimensões de qualidade de vida do EQ-5D de mulheres idosas de acordo com problemas identificados. Brasília, 2025

Dimensões EQ-5D

Total (n=258)

Sarcopenia

Risco de disfagia

Osteoporose

IU

Dor/desconforto

189 (73,3)

46 (68,7)

70 (66,0) *

75 (73,5)

92 (70,8)

Ansiedade/depressão

188 (72,9)

49 (73,1)

77 (72,6)

69 (67,6)

99 (76,2)

Mobilidade

76 (29,5)

21 (31,3)

26 (24,5)

33 (32,4)

30 (23,1) *

Atividades habituais

58 (22,5)

16 (23,9)

20 (18,9)

21 (20,6)

25 (19,2)

Cuidados pessoais

8 (3,1)

3 (4,5)

2 (1,9)

3 (2,9)

3 (2,3)

* p<0,001. Legenda - IU: incontinência urinária.

Fonte: os autores.

O modelo na determinação para predição da QV demonstrou ausência de multicolinearidade, verifica entre as variáveis preditoras, com resíduos padronizados dentro do intervalo de normalidade. Os coeficientes de regressão negativos indicaram uma diminuição da QV. Desse modo, observou-se que o risco de disfagia e a IU diminuem significativamente a QV de mulheres idosas (Tabela 3).

Tabela 3 – Coeficientes da regressão das variáveis preditoras de qualidade de vida das mulheres idosas incluídas no modelo final. Brasília, 2025

CNP

CP

 

B

Erro

Beta

t

Valor p

Sarcopenia

-0,025

0,021

-0,071

-1,17

0,243

Risco de disfagia

-0,057

0,019

-0,185

3,02

0,003

Osteoporose

0,036

0,019

0,115

1,927

0,055

IU

-0,08

0,019

-0,264

-4,31

<0,001

Legenda - CNP: coeficiente não padronizado; CP: coeficiente padronizado; IU: incontinência urinária.

Fonte: os autores.

Discussão

Nesse estudo houve uma pior QV nas mulheres idosas com risco de disfagia e incontinência urinária, porém não se manteve associação com sarcopenia e osteoporose, conforme observado em outro estudo realizado no Brasil [22]. Destaca-se que a prevalência de sarcopenia foi de 20%, como esperado para pessoas idosas brasileiras e em consonância com resultados observados em uma revisão sistemática [23]. O estudo SABE apresentou resultado inferior, pois evidenciou uma prevalência de sarcopenia de 4,8% [13].

Apesar da não associação entre sarcopenia e QV, sabe-se que a doença em questão está relacionada com baixa força muscular e desempenho reduzido para realização de atividades de vida diária, fatores que interferem nas dimensões de QV como Mobilidade, Cuidados pessoais, Atividades Habituais, Dor e Ansiedade do EQ5D, como observado em outro estudo [24]. Tal divergência pode ocorrer entre instrumentos para o rastreio da QV [15].

O risco de disfagia esteve presente em quase metade da amostra estudada e a associação com a QV corroborou com um estudo realizado na Dinamarca que verificou o quanto a disfagia interferiu na QV, principalmente no que se refere ao estado psicológico, em que cerca de um terço dos participantes relataram sentimento de vergonha ao se alimentar em público, tristeza por não conseguirem terminar uma refeição e percepção de incapacidade de sentir prazer em comer como antes, além de se sentirem deficientes ou limitados [25]. Concomitantemente, outro estudo identificou o risco de disfagia em 37,27% das pessoas idosas, sendo a dificuldade de engolir verificada como um fardo presente a partir dos 70 anos e os piores escores de QV foram nos domínios Sono e Fadiga, da SWAL-QOL, uma escala que avalia QV [26].

Destaca-se a importância da avaliação profissional para identificar o distúrbio de deglutição por meio de ferramentas validadas, pois é fundamental para uma intervenção precoce e adequada. Um estudo realizado no Japão apresentou prevalência de 25 a 54 % de disfagia em idosos, sendo os indivíduos mais debilitados e mais dependentes com índices maiores [27]. Ainda, uma revisão bibliográfica identificou indícios de que a disfagia possui uma prevalência importante na população idosa e reforçou a importância da intervenção multidisciplinar para evitar que o quadro se agrave e acarrete outras doenças [12].

Verificou-se que o risco de disfagia se correlacionou com a dimensão Dor/desconforto, havendo a percepção de dor ou desconforto durante a alimentação, podendo ocasionar pior qualidade e quantidade de alimentos, exclusão de alimentos e mudança na consistência das refeições. No presente estudo observou-se prevalência de desnutrição em um quarto da amostra, o que permite inferir que ocorre um maior risco de desnutrição em mulheres idosas quando comparadas à população geral. Este estudo encontrou relação entre o risco de disfagia e QV, contudo, o uso de instrumentos distintos aos de outros estudos impede uma comparação mais robusta, pois os domínios Sono e Fadiga não são contemplados pelo EQ5D [24].

Quando o processo de envelhecimento não for saudável e adequado, pode ocorrer declínio físico-funcional, contribuindo diretamente para o desenvolvimento de incapacidade e baixa QV. Nesse sentido, destaca-se a elevada prevalência de edentulismo na amostra analisada. O estado oral está associado com AVDs, massa muscular e estado nutricional, portanto problemas orais, como perda dos dentes, estão associados à desnutrição, disfagia e sarcopenia. Ademais, a má saúde bucal pode induzir uma resposta inflamatória sistêmica e as alterações sistêmicas, como o acúmulo de citocinas pró-inflamatórias, que também ocorrem na lesão muscular. Portanto, pode afetar o desempenho físico, especialmente a massa, a força e a função muscular. Problemas de deglutição ou mastigação, como o mal estado oral, podem levar a pior desempenho mastigatório, podendo resultar em uma má ingestão de alimentos, aumentando a probabilidade de perda de peso, contribuindo para o desenvolvimento da desnutrição, sarcopenia e fragilidade [28].

A elevada prevalência de IU ratifica o saber do problema ser predominantemente feminino. Outro estudo em Marília-São Paulo, encontrou uma maior prevalência de IU, fato que afetou grandemente a QV da população estudada. [29]. Por outro lado, um estudo realizado no Brasil, verificou um resultado inferior, sendo 36,32% de IU em mulheres, que impactou moderadamente na QV [30]. A influência negativa de IU na QV de mulheres idosas confirma estudo realizado com mulheres que apresentavam IU, relatando-a como desagradável e estressante, causadora de falta de controle, vergonha, mal-estar, insegurança, sofrimento e culpa, influenciando negativamente a QV nos domínios físicos, sociais, sexuais e de autonomia [31].

A literatura aponta que a IU pode estar associada a sarcopenia, devido à diminuição da massa e da força muscular, pois os músculos abdominais, como a musculatura pélvica, desempenham papéis importantes na patogênese da IU de estresse e urgência. A incontinência de esforço pode ser causada por uma deficiência no músculo esfincteriano que fecha a saída da bexiga, assim a força muscular adequada do assoalho pélvico é importante para prevenir tanto a incontinência de esforço quanto a de urgência. A sarcopenia envolve os músculos esqueléticos, que incluem o assoalho pélvico e músculos abdominais, logo a sarcopenia pode aumentar a suscetibilidade dos idosos à IU [32].

Especificadamente, a IU apresentou relação significativa com a dimensão Mobilidade do EQ5D, reforçando os achados de estudos realizados na Coreia e na Australia. O estudo coreano contava com grande número de participantes de faixas etárias diversas, sendo possível identificar, após ajustes em fatores de confusão, que as dimensões Mobilidade, Atividade habitual, Dor/desconforto e Ansiedade/depressão estavam associados à IU [33].

Já um estudo australiano multicêntrico apresentou associação significativa entre Mobilidade e IU, apontando para um maior impacto na QV em decorrência de maior gravidade da IU, tal qual recomendação de medidas para preservar ou recuperar a mobilidade como necessárias para minimizar ou prevenir IU em população geriátrica [34]. Ressalta-se que a IU pode causar desconforto nas mulheres, pode resultar em isolamento social e baixa autoestima, prejudicando significativamente a QV. Um estudo constatou que 81,82% das mulheres relataram a ocorrência de impacto negativo na QV [35]. Os resultados deste estudo apontam para a necessidade de investigações adicionais a fim de melhor elucidar a associação entre risco de disfagia e incontinência urinária com uma pior QV. Novas pesquisas devem ser conduzidas no sentido de explorar os fatores associados à sarcopenia e disfagia em diferentes populações idosas.

Os achados e a literatura apontam que os fatores identificados levam ao prejuízo da QV em pessoas com sarcopenia e risco de disfagia, que necessita ser melhor explorada, posto que é necessário a discussão e elaboração de políticas públicas e linhas de cuidados assistenciais, além de verificação dos impactos na QV em populações com doenças neurodegenerativas e/ou com agravos neurológicos que podem desenvolver sarcopenia e risco de disfagia secundariamente. Importante salientar a necessidade do uso de ferramentas validadas e de fácil aplicação para rastreio de agravos como disfagia, IU, sarcopenia e desnutrição para nortear a implantação de ambulatórios específicos visando minimizar as consequências na QV da população idosa.

Este estudo tem como limitações a análise transversal, não sendo possível estabelecer um mecanismo de causa e efeito entre as associações, e ser realizado em uma unidade de referência em geriatria e gerontologia, dificultando a generalização.

Acredita-se que quanto mais precocemente o rastreamento de condições clínicas, como desnutrição, disfagia, sarcopenia e comprometimento na qualidade de vida for realizado e estas mais precocemente diagnosticados, mais rapidamente ações nos níveis primários e secundários de atenção à saúde da pessoa idosa poderão ser implementadas, minimizando os riscos de internação e reduzindo custos. A sobreposição de destes agravos a saúde podem fomentar a constituição de equipes interprofissionais em geriatria e gerontologia.

Conclusão

Os resultados demonstraram que mulheres idosas com risco de disfagia e incontinência urinária apresentaram piores escores de QV, principalmente nas dimensões Dor/desconforto e Mobilidade. Não se observou associação entre sarcopenia e QV. Recomenda-se o acompanhamento das mulheres idosas com risco de disfagia e sarcopenia a fim de promoção de uma melhor QV.

Agradecimentos

Ao Programa de Fomento à Pesquisa da Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS e Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde – FEPECS.

Conflitos de interesse

Não existem conflitos de interesse.

Fontes de financiamento

Esta pesquisa foi financiada pelo Programa de Fomento à Pesquisa da Escola Superior de Ciências da Saúde, com recursos da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde. TOA 05/2023.

Contribuição dos autores

Concepção e desenho da pesquisa: Cerceau VR, Pinheiro HA, Stival MM; Coleta de dados: Cerceau VR; Análise e interpretação dos dados: Cerceau VR, Stival MM; Redação do manuscrito: Cerceau VR, Silva MC; Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Cerceau VR, Pinheiro HA, Stival MM.

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