Efeitos do aumento da carga de treinamento em parâmetros físicos e subjetivos em Atletas de Futebol: Um estudo longitudinal
DOI:
https://doi.org/10.62827/fb.v26i5.1087Palavras-chave:
Esforço Físico; Futebol; Terapia por Exercício.Resumo
Introdução: O futebol é uma modalidade de alta exigência física, na qual o monitoramento da carga de trabalho é essencial para otimizar o desempenho e prevenir lesões. Objetivo: Este estudo investigou os efeitos de um programa de treinamento de 90 dias em parâmetros de carga de trabalho e percepção de esforço em jogadores de futebol adolescentes. Métodos: Doze jogadores de um time de futebol de São Paulo, Brasil (idade: 17 ± 0,11 anos; estatura: 175,6 ± 1,59 cm), participaram do estudo. O programa de treinamento incluiu sessões de musculação, treinos em campo reduzido e jogos coletivos, realizadas cinco dias por semana com treinos diários de 120 minutos aproximadamente, sempre no período da manhã, das 10 às 12 horas. Avaliaram-se a Escala de Borg, minutagem de treino, carga aguda, carga crônica, carga aguda: carga crônica, monotonia e estresse (strain) nos períodos pré (PRÉ) e pós-treinamento (PÓS). Resultados: Não foram observadas diferenças significativas na Escala de Borg entre os períodos inicial e final, nem na relação carga aguda: carga crônica (ACWR). No entanto, houve um aumento significativo na minutagem de treino (32,78%), na carga aguda (156%) e nos indicadores de monotonia (116%) e estresse (345%) ao final do período. Além disso, a carga crônica apresentou um aumento significativo na 9ª semana em comparação às 5ª e 6ª semanas. Esses achados refletem a progressão do treinamento e suas implicações na variabilidade da carga e na demanda acumulada imposta aos atletas. Conclusão: Apesar do aumento substancial na carga de trabalho, a percepção de esforço permaneceu estável, indicando possíveis adaptações fisiológicas ao treinamento. No entanto, os aumentos na monotonia e estresse destacam a importância do gerenciamento adequado da carga para evitar sobrecarga e garantir a recuperação. Esses achados reforçam a necessidade de monitoramento contínuo em programas de treinamento no futebol.
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