Fisioter Bras. 2025;26(23):2248-2263
doi: 10.62827/fb.v26i3.1066

REVISÃO

Análise dos desfechos do uso do taping em fasciíte plantar: uma revisão integrativa

Analysis of the outcomes of the use of taping in plantar fasciitis: an integrative review

Diuly Silveira Generoso1, Yasmin Podlasinski da Silva1, Michele Pinto Farias1, Magda Patrícia Furlanetto1, Luana Silva de Borba2

1Centro Universitário Ritter dos Reis (UNIRITTER), Porto Alegre, RS, Brasil

2Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil

Recebido em: 31 de Outubro de 2024; Aceito em: 22 de Maio de 2025

Correspondência: Yasmin Podlasinski da Silva, yasminpodlasinski97@gmail.com

Como citar

Generoso DS, Silva YP, Farias MP, Furlanetto MP, Borba LS. Análise dos desfechos do uso do taping em fasciíte plantar: uma revisão integrativa. Fisioter Bras. 2025;26(3):2248-2263. doi:10.62827/fb.v26i3.1066

Resumo

Introdução: A inflamação na fáscia plantar, denominada fasciíte, trata-se da causa mais comum de dor no calcanhar na fase adulta, apresentando uma incidência de 10% nesta população, sendo responsável por aproximadamente 1 milhão de consultas anualmente. O tratamento conservador tem se mostrado bem-sucedido em 90% dos casos e nesse contexto, o taping tem sido alvo de estudos pois fornece suporte mecânico sem restringir movimentos. Objetivo: Revisar os desfechos da utilização desta modalidade terapêutica no tratamento da fasciíte plantar nos estudos publicados de 2020 a 2024. Métodos: Trata-se de levantamento bibliográfico virtual de ensaios clínicos randomizados e/ou controlados publicados em revistas digitais entre os anos 2019 a 2023, nas bases de dados PubMed, PEDro, BVS e ScienceDirect. Resultados: Todos os estudos analisados referiram melhoras estatisticamente significativas em seus escores de dor e demonstraram que o uso do taping associado a outra técnica fisioterapêutica possui um resultado superior quando comparado ao uso isolado. Na função do pé, a melhora foi apenas observada em indivíduos que receberam o tratamento combinado com outra terapia fisioterapêutica e com aplicação de bandagem rígida. Conclusão: O uso do taping no tratamento da fasciíte plantar apresentou melhora da dor, em todos os estudos selecionados, principalmente na fase aguda do quadro. Já em relação à função do pé foi visto que essa técnica se apresentou eficaz quando associada a aplicação de bandagem rígida.

Palavras-chave: Fasciíte plantar; Tratamento Conservador; Serviços de Fisioterapia.

Abstract

Introduction: Inflammation of the plantar fascia, called fasciitis, is the most common cause of heel pain in adulthood, with an incidence of 10% in this population, accounting for approximately 1 million annual appointments. Conservative treatment has proven successful in 90% of cases and in this context, the tape has been the subject of study as it provides mechanical support without restricting movement. Objective: To review the results of using this therapeutic modality in the treatment of plantar fasciitis in studies published in 2020 to 2024. Methods: This is a virtual bibliographic survey of randomized and/or controlled clinical trials published in digital journals between the years 2019 to 2023, in the PubMed, PEDro, BVS and ScienceDirect databases. Results: All analyzed studies indicated statistically significant improvements in their pain and strength scores that the use of taping associated with another physiotherapeutic technique has a superior result when compared to its isolated use. In terms of foot function, improvement was only observed in individuals who received the treatment combined with other physical therapy and with the application of a rigid bandage. Conclusion: The use of taping in the treatment of plantar fasciitis showed improvement in pain in all selected studies, especially in the acute phase of the condition. In relation to foot function, it was seen that this technique was effective when associated with the application of rigid bandaging.

Keywords: Fasciitis; Conservative Treatment; Physical Therapy Services.

Introdução

A inflamação na fáscia plantar, denominada fasciíte, trata-se da causa mais comum de dor no calcanhar na fase adulta. Apresenta uma incidência de 10%, manifestando-se de forma mais frequente em mulheres de 40 a 60 anos de idade, sendo responsável por aproximadamente 1 milhão de consultas anualmente. A literatura tem mostrado associação a uma variedade de esportes e o relato mais usual tem sido em corredores recreativos e de elite [1]. Anormalidades biomecânicas no pé, como tendão de Aquiles tenso, pés cavos e/ou planos, bem como algumas espondilartropatias soronegativas e artrite gotosa podem estar relacionadas. Além disso, Cutts et al. relatam a obesidade e a dorsiflexão reduzida do tornozelo como fatores de risco reconhecidos [2].

Os tratamentos da Fasciíte plantar (FP) são tradicionalmente direcionados para alívio da dor e podem se dividir em medicamentosos, cirúrgicos e, em sua maioria, conservadores [3]. O tratamento conservador tem se mostrado bem-sucedido em 90% dos casos. Medidas como repouso, crioterapia, alongamentos, órteses, talas noturnas, injeções plantares, terapia por ondas de choque extracorpóreas (TOC), [4] e laserterapia, têm sido utilizadas e, neste contexto, o uso do Taping [5].

O taping, também conhecido como bandagem, é uma fita cinestésica comumente utilizada na prática clínica a fim de auxiliar os sistemas muscular e linfático a fornecer suporte mecânico sem restringir movimentos. Sua aplicação causa microconvoluções, ou dobras, na pele, promovendo um leve descolamento do tecido abaixo da aplicação. Este mecanismo de elevação facilita a liberação da pressão nos tecidos e fornece espaço para o movimento do fluido linfático. Justifica-se que isso pode ajudar a aliviar a dor, prevenir a contração excessiva, facilitar a drenagem linfática, melhorar a posição articular e a consciência cinestésica [6].

Diferentes tipos de taping e de aplicação encontram-se descritos, incluindo, bandagem rígida, fita Kinesio, McConnell e Mulligan. Cada um foi associado a mecanismos terapêuticos específicos. A bandagem rígida atua na dor e também fornece suporte ao arco longitudinal medial e tem sido usada principalmente para prevenir ou reduzir chances de lesões em atletas quando aplicada em protocolos específicos para cada articulação [7]. A fita kinesio (KT), igualmente conhecida como bandagem elástica, tornou-se rapidamente popular e foi desenvolvida como uma fita alternativa aos materiais e métodos tradicionais de bandagem rígida, sendo planejada para imitar a elasticidade da pele. O McConnell taping (Mc-T) trata-se de uma fita semelhante a bandagem rígida, projetada principalmente para ajudar no alinhamento da patela, assim com o taping Mulligan é um método complementar à mobilização de mesmo nome, sendo aplicado como cinta adesiva semelhante à bandagem rígida [8].

Estudos demonstram que, em geral, o uso do taping é benéfico no tratamento da fasciíte plantar, sendo eficaz na redução da dor e na função do pé [9]. De acordo com a literatura, as combinações de técnicas de tratamentos fisioterapêuticos são bastante eficazes na recuperação dos pacientes [10]. Muitas intervenções têm sido descritas com uma grande variedade de técnicas fisioterapêuticas, sendo mais frequente a combinação de mais de uma dessas técnicas. Acredita-se que a velocidade de recuperação da fasciíte plantar aumente com o início do tratamento nas primeiras 6 semanas após o início dos sintomas [11].

Baseado neste contexto e, com a finalidade de verificar e ratificar os efeitos do taping como tratamento para a fasciíte plantar, este estudo tem por objetivo revisar de forma integrativa os desfechos da utilização desta modalidade terapêutica nos estudos publicados nos últimos quatro anos.

Métodos

O presente estudo se caracteriza como uma revisão integrativa da literatura de estudos de ensaios clínicos randomizados e/ou controlados, para a análise dos desfechos do uso do taping em fasciíte plantar. De acordo com a estratégia PICO, a presente revisão estabeleceu os seguintes critérios de elegibilidade: População – Pacientes com Fasciíte Plantar; Intervenção – Taping; Comparação – Outras técnicas; Desfecho – Melhora da Fasciíte; Tipos de estudo – Ensaios clínicos randomizados e/ou controlados.

As buscas por artigos científicos publicados em revistas eletrônicas foram realizadas de fevereiro a abril de 2023, no período compreendido entre os anos de 2019 a 2023, nas bases de dados PubMed, BVS, ScienceDirect e PEDro. Foram selecionados estudos com idioma de publicação em português, inglês e espanhol em diferentes estratégias para assegurar uma busca abrangente e pesquisas manuais também foram realizadas com base nas referências dos estudos incluídos. Foram utilizados para a estratégia de busca os termos mediante o sistema de metadados médicos Medical Subject Headings (MeSH) e Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), como disposto na Tabela I.

Tabela 1 - Descritores em Ciências da Saúde e Operadores Booleanos utilizados na estratégia de buscas em bases de dados

Base de Dados

Equações de Busca

PubMed

((fasciitis, plantar) AND (tape))

BVS

((fasciitis, plantar) AND (tape))

ScienceDirect

((fasciitis, plantar) AND (tape))

((research articles))

PEDro

((tape X foot and ankle))

As buscas foram realizadas por dois avaliadores independentes que selecionaram os estudos potencialmente relevantes a partir dos títulos e resumos dos resultados obtidos nas bases de dados. Quando essas seções não forneceram informações suficientes para serem incluídas, o texto completo foi verificado. Posteriormente, os mesmos revisores avaliaram independentemente os estudos completos e realizaram a seleção de acordo com os critérios de elegibilidade, ou seja, o uso de uma metodologia que tenha envolvido uma intervenção voltada para o tratamento de fasciíte plantar com a utilização de taping em pelo menos um grupo pesquisado. Os casos discordantes foram resolvidos por consenso. Autores, ano de publicação, participantes, tipo de intervenção e resultados das variáveis de interesse foram obtidos de forma independente pelos dois revisores, utilizando um formulário padronizado. A análise dos dados foi realizada de forma descritiva, procedendo-se a categorização dos dados extraídos em grupos temáticos a partir das variáveis de interesse.

A qualidade metodológica e a confiabilidade estatística dos ensaios clínicos também foram testadas através da escala da plataforma PEDro [12,13] que é composta por 11 itens que são respondidos com o binômio “sim ou não”. Cada item respondido como “sim” recebe a pontuação “1 (um)” quando a questão corresponde aos critérios de avaliação e a ausência dos critérios não recebe pontuação. Destes onze itens, nove são baseados na escala Delphi [14] e dois foram inseridos, sendo um para verificar o período de acompanhamento (“follow-up”) e outro para a comparação entre grupos. A escala utiliza o escore de 0 a 10, mas são utilizados apenas os itens de 2 a 11, visto que o item 1 não apresenta valor estatístico na escala PEDro, por se referir à validade externa. Nestes critérios estão incluídos aspectos como cegamento, acompanhamento, medidas de precisão e variabilidade, randomização, entre outros. A pontuação é aplicada apenas pela contagem dos números de itens que foram cumpridos, sendo assim quanto mais alto a pontuação recebida no estudo, melhor a qualidade apresentada (pontuação máxima de 10).

Resultados

Na primeira busca, definidos os termos, foram localizados 78 artigos, sendo que foram encontrados 4 estudos na base de dados PubMed, 48 na ScienceDirect, 12 estudos na base BVS, 13 na PEDro e 1 na busca manual. Inicialmente, 2 estudos foram excluídos por serem duplicados e, após a revisão, foram excluídos 70 estudos pela leitura do título ou resumo. Após a leitura na íntegra, 1 estudo foi excluído por não apresentar desfechos referentes à pergunta norteadora, restando 5 artigos para análise qualitativa. A Figura 1 representa o fluxograma de pesquisa, que demonstra que os cinco artigos encontrados são descritos em língua inglesa e correspondem a estudos comparativos do tipo Ensaio Clínicos Controlados e/ou Randomizados.

Figura 1 - Fluxograma de Pesquisa - modelo adaptado para revisão integrativa [15]

As características dos estudos selecionados quanto aos desfechos tiveram como objetivo comparar o efeito do taping em pacientes com fasciíte plantar, descritos no Quadro I.

Quadro 1 - Características dos estudos selecionados e tipo de intervenção utilizada para tratamento da fasciíte plantar

Autor

Ano

Desenho

Estudo

Amostra

(n)

Idade

(anos)

Intervenções

Castro-Méndez et al. [16]

2022

Espanha

ECR

57

39,59 ± 9,55 (G1)

44,43 ± 7,06 (G2)

Fita Dinâmica

Taping Elástico

Pinrattana

et al. [17]

2021

Tailândia

ECR

30

23,33 ± 1,83 (G1)

22,00 ± 1,25 (G2)

24,63 ± 5,42 (G3)

Taping Elástico

Exercícios de Alongamento

Taping + Exercícios de Alongamento

Bahar-Ozdemir et al. [18]

2021

Turquia

ECCR

45

50,1 ± 6,7 (G1)

51,0 ± 9,6 (G2)

53,6 ± 11,3 (G3)

TOC + Taping Elástico

TOC + Taping Placebo

TOC

Tezel

et al. [19]

2020

Peru

ECR

78

46,78 ± 9,17 (G1)

46,20 ±12,12 (G2)

Taping

TOC

Arya

et al. [20]

2019

Ìndia

ECCR

45

44,3±6,1 (G1)

34,7±6,4 (G2)

38,1±8,1 (G3)

Terapia Convencional (Fonoforese: Ultrassom Terapêutico + Alongamento)

Taping Elástico + terapia convencional

Fita Dinâmica + terapia convencional

Legenda – ECR: Ensaio Clínico Randomizado; ECCR: Ensaio Clínico Controlado e Randomizado; TOC: Terapia por ondas de choque extracorpóreas;

A avaliação do risco de viés dos estudos selecionados foi realizada a partir da Escala PEDro. Essa escala é composta por 11 itens, divididos em 3 categorias: validade externa (item 1); análise do risco de viés (itens 2-9) e descrição estatística (itens 10-11). A pontuação final varia de 0-10 pontos, mas não se considera o item 1 na soma, caracterizando assim melhor qualidade metodológica o estudo que tiver maior pontuação na escala. Com isso, os estudos avaliados obtiveram escore total entre seis e dez pontos. Os critérios que mais apresentaram falhas metodológicas foram os parâmetros de cegamento dos sujeitos e dos profissionais que administraram a terapia, e a falta de grupo controle. Os critérios que apresentaram maior robustez metodológica compreenderam a homogeneidade entre os grupos, a comparação estatística entre grupos controle e intervenção e a presença de medidas de precisão e variabilidade. Tais critérios foram cumpridos pela maioria dos estudos incluídos. Dos cinco trabalhos analisados, as pontuações estão dispostas conforme o Gráfico I.

Gráfico 1 - Avaliação do risco de viés dos estudos incluídos – Escala PEDro

Critérios de Avaliação

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Escore Total

Castro-Mendez et al., 2022

9/10

Pinrattana et al., 2021

6/10

Bahar-Ozdemir et al., 2021

9/10

Tezel et al.,

2020

6/10

Arya et al.,

2019

4/10

Legenda: Símbolos em verde: “sim”; Símbolos em vermelho: “nāo; Símbolos em cinza: “não contribui para escore total”.

Os resultados obtidos em relação aos métodos de avaliação, parâmetros avaliados e possível relação com o objetivo do estudo estão dispostos no Quadro II.

Quadro 2 - Estudo selecionado, ano, país de origem, métodos de avaliação, descrição da amostra, principais conclusões e pontuações obtidas na escala PEDro

Autor

Ano

Objetivos

Métodos de

Avaliação

Grupos

Intervenção

Resultados e

Principais Conclusões

PEDro

Castro-Mendez et al.,

2022

Verificar a eficácia da Fita Dinâmica® e a técnica de Taping rígido na intensidade da dor, amplitude de movimento do tornozelo e no índice de postura do pé.

Fasciíte Plantar: CIF da Seção Ortopédica da American Physiotherapy Association

Dor: EVA

ADM: Teste de Silfverskiöld: Goniometria de dorsiflexão em:

- extensão de joelho (DF_EXT);

- flexão de joelho (DF_FLE);

Índice de Postura do Pé - IPP: neutro, pronado, supinado.

Total: n = 57

G1 (n = 29)

Fita dinâmica

G2 (n = 28)

Bandagem rígida

Duração: 1 semana

Frequência: N/I

Aplicação taping:

-G1: da articulação MTF até 2/3 proximais da perna.

-G2: em posição neutra do pé, com tiras transversais dos MTT ao calcanhar;

Dor: G1 mostrou diferença significativa no controle da dor em relação ao G2 (p≤0,0015). Provável mecanismo de molinete na fase propulsiva, diminuindo descarga sobre o pé.

ADM: Não houve significância estatística na comparação entre grupos, tanto no pré quanto no pós-tratamento e, em ambas as medidas em dorsiflexão (p=0,09 e p=0,47).

Índice de postura do pé: G2 mostrou diferença significativa em relação à correção biomecânica do pé (p<0,001). Provável inibição da ativação muscular diminuindo tensão sobre a fáscia.

9/10

Pinrattana et al.,

2021

Investigar os efeitos imediatos e de curto prazo do taping elástico e alongamento de membros inferiores na intensidade da dor e incapacidade do pé em pacientes com Fasciíte Plantar.

Fasciíte Plantar: Fisioterapeuta experiente baseado na sintomatologia de dor pós-caminhada, pós primeiro passo da manhã e sensibilidade na inserção proximal da fáscia plantar

Dor: EVA

Índice de Incapacidade do pé (IIP): nível de habilidade do pé (limitação funcional, dor e aparência) onde maior a pontuação, maior a incapacidade do pé.

Total: n = 30

G1: (n = 10)

Taping elástico

G2: (n = 10)

Autoalongamento

G3: (n = 10)

Taping + autoalongamento

Duração: 5 a 7 dias

Frequência:

-Taping: 5 dias consecutivos;

-Auto alongamento: exercícios 3 x dia, diariamente por 7 dias.

Aplicação Taping: tiras de taping da articulação MTF, pelo tendão Calcanear até 2/3 proximais da perna.

Dor:

Houve diferenças significativas em comparação entre a linha de base, após o primeiro tratamento e após uma semana de acompanhamento no taping elástico (p<0,001), auto alongamento (p<0,001) e o grupo combinado (p= 0,004).

Índice de Incapacidade do pé:

Apenas o grupo combinado apresentou redução significativa no IIP (p=0,024).

Todos os tratamentos mostraram tendência de redução na intensidade da dor e do IIP desde o início até o acompanhamento da 1ª semana, com exceção do taping isolado, que só mostrou efeitos desde o início até o pós-tratamento imediato, possivelmente por apresentarem duração mais curta que os exercícios de AA isolados e/ou combinados.

6/10

Bahar-Ozdemir

et al.,

2021

Comparar a eficácia da Terapia por Ondas de Choque (TOC) isolada ou associada a aplicação de bandagem funcional (tratamento padrão* e simulado) na Fasciíte plantar.

*Taping elástico utilizado com a técnica de aplicação da bandagem rígida (mais tensão)

Fasciíte Plantar: RX de esporão de calcâneo e baseado na sintomatologia de dor pós-caminhada, pós primeiro passo da manhã e sensibilidade na inserção proximal da fáscia plantar.

Dor: EVA

Índice de sensibilidade do calcanhar (ISC): Através de palpação em uma escala de 3 pontos.

Índice de função do pé (IFP): Questionário para avaliação de dor, incapacidade e limitação de atividades.

Total: n = 45

G1: (n = 15)

TOC + Taping

G2: (n = 15)

TOC +Taping placebo

G3: (n = 15)

TOC

Duração: 5 semanas de tratamento + 4 semanas de acompanhamento

Frequência:

- Taping:

1x por semana

- TOC: 5 sessões de frequência de 11 Hz, 3000 ondas de choque e 2,5 bar de energia em calcâneo medial.

Aplicação Taping: em posição neutra do pé, com tiras transversais dos MTT ao calcanhar; (placebo aplicado sem tensão).

Dor:

Houve melhora em todos os grupos e, no acompanhamento de 4 semanas pós-tratamento, nos G1 e G2.

Nos resultados iniciais, não houve diferenças significativas na melhora da dor entre os grupos (p≥0,05).

Índice de sensibilidade do calcanhar e Índice de função do pé: Resultados estatisticamente significativos foram observados em todos os 3 grupos e no acompanhamento de 4 semanas pós-tratamento, onde G1>G3>G2. (p=0,027; p=0,026; p=0,029, respectivamente)

TOC tem se mostrado eficaz na FP, mas o tratamento combinado com bandagem parece poder fornecer alívio por um tempo mais prolongado.

9/10

Tezel

et al.,

2020

Verificar a eficácia do Taping Elástico em comparação com a terapia por ondas de choque (TOC) no tratamento da fasciíte plantar.

Fasciíte Plantar: Sintomatologia e exame físico. Espessura da FP por avaliação ultrassonográfica. Radiografia para esporão de calcâneo.

Dor: EVA

Índice de função do pé (IFP): Questionário para avaliação de dor, incapacidade e limitação de atividades.

Qualidade de vida:

Escore SF-36.

Total: n = 78

G1: (n = 42)

Taping Elástico

G2: (n = 36)

TOC

G1 e G2 receberam exercícios domiciliares: alongamento de isquiotibiais e plantiflexores e de fortalecimento para os músculos intrínsecos e extrínsecos do pé, bem como educação sobre modificação de atividade.

Duração: 6 semanas

Frequência:

-Taping: 1x semana por 5 dias contínuos;

- TOC: 2000 tiros (6xseg), energia de

0,2 mJ/mm2

Aplicação Taping: em posição neutra do pé, com 4 tiras transversais dos MTT ao calcanhar (25% de tensão);

Dor: Houve uma melhora estatisticamente significativa em todos os grupos, após o tratamento (p=0,001).

Índice de função do pé: Houve uma melhora estatisticamente significativa nos escores IFP (pP = 0,001) após a intervenção apenas no grupo G1.

Qualidade de vida: Houve uma melhora estatisticamente significativa em todos os grupos, após o tratamento (p=0,001).

Não houve melhora estatisticamente significativa nos escores VAS-dor e SF-36 entre os grupos.

O estudo atual descobriu que tanto TOC quanto o taping elástico reduzem significativamente os níveis de dor e aumentam a qualidade de vida dos pacientes com FP desde o início, sem diferença significativa entre os grupos; no entanto, o taping elástico também melhora a funcionalidade, conforme medido usando as pontuações do IFP, o que não é o caso da TOC.

6/10

Arya et al.,

2019

Comparar a eficácia dos tratamentos isolado e combinado do taping em conjunto com o tratamento convencional e alongamentosna melhora da dor calcanear e na incapacidade em indivíduos com fasciíte plantar.

Fasciíte Plantar:

Testes do molinete positivo e túnel do tarso negativo com queixa unilateral de FP de 6 semanas a 3 meses.

Dor: EVA

Índice de função do pé (IFP): Questionário para avaliação de dor, incapacidade e limitação de atividades.

Total: n = 45

G1: (n = 15)

Terapia Convencional

G2: (n = 15)

Taping Elástico + Terapia Convencional

G3: (n=15)

Bandagem rígida + Terapia Convencional

Duração:1 semana

Frequência:

- Convencional: 3 x semana (fonoforese, alongamentos de fáscia plantar com bola e exercícios com toalha para arcos plantares)

- Taping: 1xsemana

Aplicação taping:

-G2: das MTF até 2/3 proximais da perna.

-G3: em posição neutra do pé, com tiras transversais dos MTT ao calcanhar;

Dor: Para dor no primeiro passo mostrou diferença significativa para os três grupos (p = 0,03). Houve um efeito de tempo significativo para ambos os grupos (p < 0,001). Houve um efeito de tratamento estatisticamente significativo mostrando que o grupo G2 melhorou mais do que o grupo G3. O grupo G2 mostrou uma taxa de diminuição de dor mais rápida do que o grupo G3.

Índice de função do pé: Houve uma melhora significativa na pontuação do IFP no grupo G3. A razão para essa melhora pode ter sido devido à bandagem rígida imobilizar a fáscia plantar e permitir a cicatrização. Houve um efeito de tempo significativo (p <0,001) indicando que ambos os grupos diminuíram o escore IFP total ao longo do tempo dentro dos grupos.

4/10

Legenda – AA: autoalongamento; ADM: amplitude de movimento; CIF: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde; EVA: escala analógica visual; FP: fasciíte plantar; IFP: Índice de função do pé; IIP: índice de incapacidade do pé; ISP: índice de sensibilidade do pé; MTF: metatarsofalangeanas; MTT: metatarsos; TOC: terapia por ondas de choque.

Discussão

Para esta revisão foram selecionados 5 estudos que buscaram verificar a eficácia do taping como tratamento para a fasciíte plantar. Na análise dos desfechos, a dor foi o parâmetro mais amplamente avaliado nos estudos e demonstrou melhora significativa em todos. O índice de função do pé foi avaliado em 3 estudos e igualmente apresentou resultados estaticamente significativos. Outras ferramentas para avaliação do pé como índice de incapacidade, índice de postura, índice de sensibilidade do calcanhar, mensuração da amplitude de movimento (ADM) de dorsiflexão e qualidade de vida também foram utilizadas e apresentaram, com exceção da ADM, resultados positivos a favor da utilização da técnica.

Os resultados dessa revisão demonstraram que o uso do taping associado a outra técnica fisioterapêutica possui um resultado superior quando comparado ao uso isolado. Os estudos conduzidos por Castro-Mendez et al. [16], e Tezel et al. [19], no entanto, não realizaram tratamentos combinados, impossibilitando comparações. Corroborando esses achados, Verbruggen et al. [9] e Osborne et al. [21], igualmente demonstraram reduções estatisticamente significativas na dor da FP quando combinada com outros tratamentos, como estimulação elétrica nervosa transcutânea, termoterapia, alongamento da panturrilha e iontoforese. Estes resultados têm se mostrado consistentes em outras disfunções musculoesqueléticas como no caso de síndromes dolorosas do ombro, onde a combinação de técnicas como exercícios fisioterapêuticos de fortalecimento e alongamento, injeções de esteroides, laser, acupuntura, terapias manuais e eletroterapia se mostraram mais eficazes no controle da dor que apenas a aplicação da isolada da bandagem [22, 23].

Todos os estudos analisados utilizaram a dor como parâmetro de avaliação utilizando a Escala Visual Analógica (EVA) e referiram melhoras estatisticamente significativas em seus escores. Martinez et al. [24], descreveram a EVA como uma ferramenta de fácil entendimento, rápida aplicação e que se trata de uma escala validada para estimar a intensidade da dor. Nesse contexto, Dogan et al. [25], em seu estudo sobre osteoartrite de joelho, afirmam que a dor é o desfecho mais estudado na aplicação do taping elástico e relatam igualmente redução significativa neste parâmetro. Na presente revisão, o taping elástico mostrou atuação apenas na dor aguda e, de acordo com Castro-Mendez et al. [16], esta redução se deve à um provável mecanismo de molinete na fase propulsiva, diminuindo a descarga sobre o pé. A bandagem rígida, por sua vez, demonstrou uma melhora significativa nos índices de incapacidade do pé, bem como na intensidade da dor a longo prazo, desde que utilizada de forma combinada. Os autores explicam este efeito por meio da mobilidade geral alcançada pela correção biomecânica levando à uma melhor postura do pé. Corroborando este achado, El Salam et al. [10], sugerem que o suporte do arco medial é mais conveniente do que a técnica de bandagem elástica no gerenciamento da incapacidade funcional do pé.

Durante esta revisão foram verificadas as formas de aplicação do taping. De acordo com Lemos et al. [26], a aplicação do taping com diferentes direções, facilitação ou inibição, e com diferentes quantidades de tensões, 0%, 10% e 75%, não interferem na promoção de força muscular e ADM e, que esses fatores não devem ser considerados pelos clínicos quando da utilização desta técnica. Ainda de acordo com os resultados desta pesquisa, um erro muito comum é a presença de grupos placebo, usando o taping sem tensão ou mesmo aplicando a fita sem a metodologia adequada. Esta condição foi verificada na presente revisão onde o estudo conduzido por Bahar-Ozdemir et al. [18], encontraram efeitos significativos também na técnica placebo. Esta resposta, de acordo com Hunt et al. [27], deve-se a aplicação do taping causar um input proprioceptivo e mecanorreceptivo, possibilitando respostas de inibições, ativações, facilitações musculares, além dos diversos efeitos mecânicos.

Finalmente, em termos metodológicos, de acordo com a escala PEDro, dois estudos apresentaram metodologias robustas na escala utilizada. No entanto, três dos cinco estudos apresentaram deficiência na alocação dos participantes, no cegamento dos mesmos e também no cegamento dos terapeutas que administraram a terapia. Cabe ressaltar que nenhum dos estudos apresentaram grupo controle sem intervenção. O estudo de Arya et al. [20], além das limitações citadas acima, não distribuiu os participantes de forma aleatória e os avaliadores também não o fizeram de forma cega, demonstrando menor confiabilidade nos resultados alcançados.

Conclusão

Em relação à dor provocada pela fascite plantar, os estudos sugerem que a fisioterapia com taping é uma alternativa de tratamento eficaz. Na função do pé, só foi observada melhora em indivíduos que receberam o tratamento combinado com outra terapia fisioterapêutica e com aplicação de bandagem rígida. De acordo com os resultados, é possível inferir a utilização do taping como tratamento da FP na redução da dor e diminuição da incapacidade do pé e, dessa forma, contribuir para a qualidade de vida do paciente. Em suma, sugere-se que o taping seja utilizado na fase aguda da FP e de maneira associada a outras terapias.

Conflitos de interesse

Todos os autores declaram não possuir nenhum tipo de conflito de interesse no presente estudo.

Financiamento

O presente estudo não possui nenhum tipo de financiamento.

Contribuição dos autores

Concepção e desenho da pesquisa: Generoso DS, Furlanetto MP. Obtenção de dados: Generoso DS, Furlanetto MP. Análise e interpretação dos dados: Generoso DS, Farias M, Silva YP, Furlanetto MP. Análise estatística: Generoso DS. Redação do manuscrito: Generoso DS. Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Generoso DS, Farias MP, Silva YP, Furlanetto MP.

Referências

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